Este é o primeiro poema que vou postar, espero que gostem, pois fala do medo de um cavaleiro que foi para uma batalha sem saber se voltaria para o seu grande amor, e foi justamente este amor que o manteve vivo para regressar.
O Regresso
O silêncio impera após a longa tempestade,
Emoções se confundem como cores de uma pintura;
Amor, ódio, dor, esperança, mentira e verdade.
Rio de corpos inanimados, presos em sua desventura,
Meu pensamento livre como a águia, voa no horizonte
Procurando o consolo em seu coração que está longe
Quando tudo caía neste abismo profundo
Busquei o brilho dos seus olhos na escuridão
Doce Donzela, senhora soberana do meu mundo
Deu-me a força para vencer o mal da solidão
Quando o fardo igual ao de Atlas eu carreguei,
Foi por vós bela senhora, que não me entreguei
No momento em que a minha espada pesou,
Durante a batalha frente a inimigo voraz
Chacal amaldiçoado, que me ameaçou
Perto da terrível morte, a memória me traz
O pranto silencioso de quem eu abandonei
Doce e puro amor apenas por ti regressarei
Cavaleiros de honra, cavaleiros de coragem
Deus olhai, pelos o que o destino levou
Pois eu ainda não devo fazer esta viagem
Sem mim, meu coração para casa retornou
Agora irei atrás dele e de meu puro amor
Lá esquecerei este mar de morte, mar de dor
Se somos todos como as estações vivas
Que meu inverno não seja frio e obscuro
Que seja tecido uma boa morte pelas Divas
Envolvida nos braços de quem eu procuro
Pois a morte ao lado de ti não temo, minha Donzela
Será como os belos campos, próximo da capela.
Marco Antonio D. Silva
Poema: O Regresso 18/03/2010
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